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Luis XIV - O Rei Sol |
De meia-calça, salto alto, peruca e claro muita maquilagem, um HOMEM de apenas 1,60 de altura, passou para a história com o pomposo título de Rei Sol, assim era o rei Luís XIV da França (1638 – 1715). Depois veio seu sucessor, Luis XV (1715-1774), que também passou para história usando salto alto e peruca branca. E de tão perfumado, seu reinado ficou conhecido como a Côrte Perfumada. Nesse período, não só na França como mundo a fora; os homens abusavam dos acessórios, maquilagens e trejeitos.
Na Inglaterra, no assim chamado teatro elisabetano (1558-1625), só os homens podiam subir ao palco para representar e todos os papéis femininos eram encenados por homens jovens. Nesse mesmo período, na Itália e em alguns outros países da Europa, rapazes eram castrados, no início da puberdade, para conservar a voz doce, delicada e suave, na “tessitura feminina para os coros eclesiásticos, já que a Igreja Católica Apostólica Romana proibia mulheres em seus corais”. No Japão, no ano de 1629 o governo proibiu as mulheres de encenar no teatro Kabuki e assim homens travestidos encenavam todos os papeis feminino do espetáculo.
Homens maquiados, enfeitados e até (propositalmente) afeminados não é exclusividade do nosso tempo, a moda e os modos masculinos mudaram drasticamente de um século para outro, hora os homens eram mais delicados, hora mais endurecidos, hora conviviam pacificamente com os vários modelos de homem, hora em conflito, mas só recentemente começou a se falar, insistentemente, na CRISE DO MASCULINO.
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David Beckham - que usa maquilagem. |
Entretanto, quando o homem desceu do salto, ninguém falou em crise do masculino, quando o homem proibiu a mulher de cantar, dançar e encenar, apropriando-se da sua delicadeza e sedução, ninguém falou da crise do masculino. Hoje, onde psicólogos e sociólogos vêem a crise do masculino, Eu: Alemberg Santana vejo uma evolução continua no masculino, a mesma evolução que está contida em tudo que tem vida ou relacionada a ela. Pois, segundo o dicionário Aurélio, crise é "o ponto de transição entre uma época de prosperidade e outra de depressão. Fase difícil, grave, na evolução das coisas, dos sentimentos, dos fatos; colapso”. E para Caldas Aulete é uma “conjuntura cheia de aflições, incertezas e perigo”. E pelo exposto acima o masculino de hoje não é nem melhor e nem pior do que de épocas passada, apenas diferente. E nem está passando de uma época de prosperidade para uma de depressão.
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Nany People um modelo de homem contemporâneo |
Acredito que não e plagiando Martinho da Vila, digo: existem homens de todas as cores, idades e amores, atrevido, acanhados, carentes e até meretriz.
ResponderExcluirE como existem...citaria VÁRIOS ai ainda!